sexta-feira, 31 de julho de 2009

Qualquer adicto que deseja recuperação deve aceitar sua impotência perante os fatos da vida e admitir que perdeu o controle de tudo. Este é o primeiro passo.
Mas isto deveria ser somente com os adictos?
Acredito que todos deveriam ter um programa de doze passos. O primeiro, para qualquer ser humano, seria aceitar sua impotência.
Somos impotentes. Podemos apenas mudar nós mesmos. Mas quando eu mudo o mundo muda.
Quantas mães tentam controlar os passos de seus filhos, manipulando uma série de situações? Isto apenas faz com que mais algum problema surja. Quantas esposas tentam controlar a vida de seus maridos?
Poderíamos começar a olhar para nossos umbigos primeiro. E eu não estou fora disso.
Como passar sanidade para alguém, no momento que estou completamente histérica e mau humorada? Ninguém dá o que não tem.
Somos responáveis por nós mesmos. Ninguém pode levar a culpa pelo que acontece conosco.
Entendo que sou impotente, mas ainda não aceito.
Minha doença é não aceitar este fato. Não sou responsável por isto. Ninguém é. Mas eu sou a única responsável pela minha recuperação.
Estou melhorando! :)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Revolta matinal

Hoje não estou muito inspirada para escrever, mas relendo o último texto que publiquei dei bastante atenção a palavra “xará”. Expressão originária da língua tupi-guarani, como tantas outras que até hoje usamos para definir nomes de animais e principalmente lugares. Por alguma razão quase que inadmissível, o homem branco parece considerar irrelevante os significados das expressões indígenas, mesmo sabendo de sua existência.
Falo isso porque me recordei da palavra “cumbica”, que ao contrário da citada anteriormente, não adaptou-se ao dicionário da língua portuguesa.
“Cumbica” em tupi-guarani significa nevoeiro.
Aproveitando o significado motivador da expressão, o homem branco criou um aeroporto em um lugar desses.

Só precisava desabafar esta minha revolta.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Bem mais que os nossos vinte e poucos anos

Como se fôssemos adolescentes, voltamos à escola. Não parece real. Queremos saber bem mais que os nossos vinte e poucos anos. Justamente por isso tomamos a decisão de voltar.
Como se fôssemos lobotomias adolescentes!
Decidimos voltar à vida de colegial em um momento de completa lucidez, por incrível que pareça.
Ainda temos cérebros e mesmo parecendo lobotomias adolescentes não estávamos sob o efeito de nenhuma droga ou substância que possa provocar alterações físicas, psicológicas ou a nível de humor. Nem mesmo DDT. Meus mais sinceros parabéns àquela tal de Raquel, xará do outro indivíduo colegial aqui subentendido.
Na verdade, há uma grande possibilidade de ainda estarmos afetadas por esta substância. Nós é que não sabemos. Mas aquele suíço estava cheio das boas intenções. Ele só era alérgico a mosquitos (creio eu) e se sentia ameaçado pela malária! Mas talvez a culpa tenha sido do alemão.
Ou talvez eu só devia ouvir menos Ramones. Assim como o Fábio deveria ouvir menos Engenheiros?
Lavagem cerebral?
É... Bem-vindos ao meu blog.